Metade dos inquilinos da Centralidade do Kilamba (com 20 mil apartamentos), enquadrados na modalidade de renda resolúvel, estão com “graves incumprimentos” no pagamento das prestações mensais ao Estado, informou à imprensa a representante do Fundo de Fomento Habitacional na gestão do Kilamba e da urbanização KK5000.
Stela Gaspar revelou que 50% dos moradores da centralidade do Kilamba, que tem uma população estimada em 120 mil habitantes, não pagam às devidas prestações ao estado. A responsável afirmou ainda que há moradores que, há sete anos, nunca pagaram qualquer prestação.
A gestora, citada pelo Jornal de Angola, na sua edição de hoje, esclareceu que os “graves incumprimentos” no pagamento das habitações “estão a criar embaraços à gestão das centralidades, principalmente, na manutenção dos edifícios.
Adiantou que o Fundo de Fomento Habitacional fará, nos próximos dias, um pronunciamento oficial sobre como vai resolver os casos de moradores incumpridores.
“O processo dos incumpridores está a ser avaliado”, referiu Stela Gaspar, pedindo às pessoas nesta condição para regularizarem as suas prestações mensais, numa altura em que ainda não estão a ser aplicados juros de mora.
Admitiu que, no âmbito da normalização dos pagamentos em atraso, os faltosos poderão fazê-lo paulatinamente, na base de um acordo.
“Estamos abertos a negociações”, enfatizou Stela Gaspar, sublinhando que as coordenadas bancárias para o pagamento das prestações continuam, por enquanto, a ser as mesmas.
“Os beneficiários podem ainda acorrer aos bancos e pedirem uma instrução permanente de pagamento mensal, que é mais fácil, como podem continuar a faze-lo pelas vias que são conhecidas, até novas orientações”, sugeriu.
Noutro domínio, esclareceu que o Fundo de Fomento Habitacional é agora o gestor de todas as 20 mil habitações da cidade do Kilamba e das cinco mil do Projecto KK-5000.
Além do Kilamba e do KK5000, a instituição substituiu a imobiliária Imogestin na gestão de todos os projectos habitacionais do Estado.
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