BPC expulsa três funcionários por fraude de USD 5 milhões

O presidente do conselho de administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Antônio André Lopes, exonerou no passado dia 11 de Maio, três funcionários, os irmãos Maiala, por praticarem uma acção fraudulenta de 5 milhões de dólares, para abrirem uma empresa de seguros, denunciados pela Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) quando pretendiam adquirir uma licença para a empresa. Tiveram como penalização o despedimento disciplinar.

Os irmãos, Ivandro João Fernando Batista Maiala, gestor de clientes, afecto a agencia Lara, Osvaldo Joao Fernando Batista Maiala, técnico de tecnologia do departamento de administração de sistema e Ivan Joao Fernando Batista Maiala, chefe de departamento de analise de credito da direção da Banca Institucional, tinham como objectivo abrir uma empresa de seguros e encontravam-se na fase de cumprimentos de requisitos obrigatórios pela lei geral da actividade seguradora.

Após a ARSEG receber o borderô de pagamento das mãos dos Maiala, contactou  o Banco de Poupança e Credito (BPC), para pedir a validação do comprovativo. Em seguida, o BPC comunicou que o comprovativo estava sem cobertura e imitido de forma fraudulento dando lugar a uma investigação interna para o apuramento dos factos.

Para realização da fraude os irmãos Maiala, utilizaram o aplicativo da instituição (BPC) e de seguida estornaram o movimento da operação. Antes de estornarem a operação os mesmos tiraram o comprovativo de pagamento de USD 5 milhões de dólares que de seguida procuraram a ARSEG para obtenção da licença da sua empresa de seguro.

Ao serem afastados, segundo a ordem de serviço (60/2020; 61/2020; 62/2020) datada de 11 de Maio, o BPC considerou que os três funcionários cometeram a infração de “incumprimento das normas internas”, “irregularidades grave na realização do trabalho” e “abuso de confiança”. O Gestor do centro de empresa Angochin da direção de medias e pequenas empresas, Celino Quissemia Queta, foi afastado do cargo por estar envolvido na fraude e foi-lhe aplicado a pena de seis meses de descontos de salário.

Os irmãos Maiala, são donos do Grupo empresarial “Eco Maiala” citado nas listas que vazaram dos grandes devedores do BPC, o Grupo empresarial está sendo liderado por Ivan Maiala.

Desde que o banco descobriu esta fraude, o assunto foi mantido em secretismo, tendo a direção do BPC optado por não remeter o caso para o Serviço de Investigação Criminal (SIC), para a competente responsabilização dos funcionários.