Sacerdote da Igreja Católica em Angola, Frei Gabriel Tjivela esteve internado num dos centros de tratamento da Covid-19 em Itália após contrair o vírus, durante dezoito dias com passagem em dois hospitais.
Sem rodeios Frei Gabriel Tjivela, falou do sufoco que passou enquanto esteve com o vírus em seu corpo. Residente na cidade de Treviso em Itália, desde 12 de Novembro de 2019 Gabriel fazia parte do grupo de pessoas em condições de risco, devido aos 64 anos já vividos. O angolano diz não saber como havia sido contaminado, mas tão logo que descobriu teve o internamento por 18 dias e passou em dois hospitais, sem queixas o padre diz que apenas deve agradecer pois em nenhum momento sofreu descriminação pelo seu tom de pele.
Senhor Tjivela já teve antecedentes de doencas como pneumonia e bronquite isso nos anos de 1986 e que recentemente sentiu dificuldades de respirar: “Na primeira semana de Março, fiquei doente. Fui ao hospital, não porque tinha vírus da Covid-19, mas porque tinha pneumonia, dificuldades para respirar. Mas, antes de ir ao hospital, na altura, o vírus já fazia estragos em Itália”, contou o padre e foi aí que soube que estava infectado começando com o combate.
“Muitos balões de soro, injecções e comprimidos. Outras terapias foram feitas, como terapia de risco. Foram-me administrados também outros medicamentos, devido à trombose, que continuo até agora em casa. Depois disto tudo deu negativo e consegui melhorar rapidamente e, depois de removidos todos os aparelhos, no dia 10 de Abril, voltei ao convento de Asolo onde passei a Páscoa, já em alta, depois de ter repetido os exames, com resultados negativos”, explicou o padre que agora está livre do inimigo invisível.